História 

A origem  

Em 10 de maio de 1914, na então "Pensão Breaescher", um dos poucos locais de hospedagem no bairro de Hamburgo Velho, foi assinada e registrada a ata de fundação do Football Club Esperança, que, no momento de seu surgimento, contava com trinta e oito sócios iniciais: João Emílio Leyser, Carlos Krause, Luiz C. de Moraes, Walburg Scheffel, Guilherme Frederico Wingert, Lulu W. Moraes, Alfredo e João A. Steigleder, P. Albino Steigleder, Leonel Habigzang, Alfredo Reichert, Adão Steigleder, Alfredo Knewitz, Henrique Cassel, Oscar Fauth, Ferdinando Rauber, Adolfo Kehl, Henrique Habigzang, Waldemar Magalhães, Bernardo Hack, Francisco Catapeste, Leopoldo Kehl, Luiz Schueler, Roberto Rotmann, Afonso Merkel, Reynaldo Nonnenmacher, Hugo J. Schoeler, Theobaldo Willirich, Pedro Loeblein, Estanislau Mancuso, Alfredo Dresch, Arno Schweitzer, Albano Haubert, Arthur Kunz, Otto Ries, Paul Janh, Rudolfo Fleck e Carlos Schmitt Filho. (ESPERANÇA, 1944). 

O primeiro presidente do clube foi João Emilio Leyser, comerciante de couros de Hamburgo Velho, respeitado cidadão com fortes laços na comunidade e homem conhecido pelo sucesso de seus negócios. Os fundadores do Esperança, eram, em grande parte, proprietários de estabelecimentos fabris e comerciais de Hamburgo Velho. Desse modo, essa comunidade local realizou o desejo de possuir um time de futebol próprio. Outro detalhe interessante da história do Esperança foi o de que até 1947 o  clube não ter possuído uma sede social própria, tendo usado de 1914 até 1947 o Salão Frohsinn, como ponto de encontro para suas reuniões até a inauguração seu estádio 10 de Maio. 

Em 5 de agosto de 1921 o clube abre o departamento com a categoria infantil.

O clube iniciou apenas com a categoria principal, já em 5 de agosto de 1921 o clube abre a categoria infantil.  juvenil. Com aumento do número de atletas abriu ainda o segundo quadro "reservas".  Já na décade de 40 possuia 0 quadro esportivo dividido em juvenis, aspirantes (segundo quadros) e profissionais. Cabe destacar que das categorias profissionais do Esperança saíram grandes profissionais de futebol (FEIJÓ, 2009), como o atleta Geada, center-forward, antiga denominação de centroavante, utilizada até meados dos anos 1940, que começou sua carreira no Esperança e teve grande destaque na equipe do Grêmio Porto-alegrense, na década de 50, sendo considerado um dos maiores jogadores do time da capital gaúcha nesse período (OSTERMANN, 2000). Além de Geada, foi também revelação do Esperança o técnico Osvaldo Rolla, o popular Foguinho, que começara sua carreira como técnico de futebol do Esperança em 1950 e, na década seguinte, fez grande sucesso no Grêmio Porto-alegrense.

Em 1959 em documentos internos aparecem a descrição de "Futebol Clube Esperança", indicando que houve alteração nos registros do clube.

No início da década de 1960, entretanto, com a grande competividade do meio futebolístico, o acirramento do processo de profissionalização e o crescimento dos salários dos jogadores, já nessa época, o Esperança começou a entrar em declínio. Prosperaram, diga--se de passagem, somente os times da capital do Estado, Grêmio e Internacional, que possuíam melhores condições financeiras e técnicas para competir de igual para igual com equipes do centro do país, pois, já em finais da década de 1950, os torneios interestaduais começavam a se popularizar, não dando muita margem de atuação para clubes de cidades de menor relevância esportiva, como era o caso de Novo Hamburgo e, especialmente, do Esperança.

Desta forma, o Esperança, mesmo tendo sido fundado por membros da camada dominante da localidade de Hamburgo Velho, incluindo-se nesse escopo empresários e importantes comerciantes da região, não conseguiu mais fazer frente à crescente concorrência das equipes de Porto Alegre, que granjeavam um número cada vez maior de associados e torcedores, assim como montavam equipes de boa qualidade técnica, determinando a hegemonia da capital no cenário futebolístico riograndense. Essa preferência por clubes da capital também ocorreu em Novo Hamburgo.

Porque o Esperança e o Novo Hamburgo eles [os dirigentes] se esqueceram, perderam o bonde da história. Chegou um momento que a dupla Gre-nal começou a vender bandeirinhas aqui na rótula da [Rua] 07 de setembro, nem tinha rótula nem tinha 07 de setembro, mas ali era uma entrada pra Novo Hamburgo. Então pra não ficar mais aqui no centro, onde haveria perigo, começaram a vender bandeirinhas do Grêmio e do Internacional [...] (FEIJÓ, 2009, p. 08)

Em 1960 o a diretoria optou por não disputar nenhuma competição oficial, para regularizar as contar e sanar as dívidas pendentes.

Nesse contexto de paulatino enfraquecimento do futebol na cidade, o Esperança, em 1966, encerrou as suas atividades profissionais de futebol. Cabe ressaltar que outro fator importante que marcou o seu declínio definitivo foi a venda do estádio 10 de Maio, em 1974, em virtude do alto endividamento fiscal e previdenciário do Clube, deixando a agremiação em situação de quase insolvência (SCHEFFEL, 2009). 

Com o valor da venda de seu antigo Estádio, adquiriu uma área de terra, na Rua Guia Lopes, nº 3838,  bairro Rondônia em Novo Hamburgo. Neste período o clube altera seu nome para Sociedade Esportiva Esperança e começa a desenvolver outras atividades esportivas, como Motocross e Bicicross, tendo como foco principal os serviços de Clube Social, com associação para temporada de piscinas, boate e aluguel de campo. Já no inicio dos anos 90 o clube reativa seu departamento de futebol com a categoria Juvenil, disputando o estadual da categoria e a Copa Santiago.

Entre 2004/05 as atividades são encerradas e a área é vendida para a construtora Mossmann e paroutra parte para a aempresa Tamaco.

Texto extraído do artigo https://www.efdeportes.com/efd152/marcas-de-uma-historia-o-football-club-esperanca.htm


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