Fusão

Em  10/06/1952 uma notícia divulgada pelo Jornal Gazeta de Novo Hamburgo movimenta o imaginário dos amantes do futebol de nossa cidade com a seguinte mancjete: 

"Continuam as negociações para a Fusão entre Esperança e Floriano. Assembleias gerais decidirão no próximo mês as bases da fusão". 

Conforme é do conhecimento público, estão se processando ativos entendimentos entre diretores do Floriano e Esperança, visando a visão de uma só equipe. Para traçar as normas mestras pelas quais vão reger a fusão, foi nomeada uma comissão de seis membros, assim constituída: pelo E.C. Floriano: Osvaldo Ritzel, Alvício Klaser e Dr. Emílio Hauschild, pelo F.C. Esperança: Ignácio C. Plangg, Armindo Kiefer e Milton E. Rohden.

Esta comissão vem elaborando um sucinto relatório que tem como objetivo destacar as condições para concretizar a parceria:

a) A Nova Sociedade assumirá o ativo e o passivo de ambos os clubes;

b) Todos troféus, títulos, lauréis, distinções, quadros,etc... serão mantidos e expostos em local de destaque no salão de honra do novo clube;

c) A denominação da sociedade será escolhida pela assembléia geral do novo clube, ficando condicionado que não será de nenhuma dos antecessores;

d) As cores na nova sociedade serão azul, verde e branco, em disposição a ser escolhida pela comissão nomeada pelo novo conselho deliberativo;

e) O novo escudo será confeccionado também por uma comissão e será diferente dos antecessores;

f) Provisoriamente a sede social será na propriedade melhor aparelhada e localizada. Devendo a nova sociedade providenciar a instalação definitiva, em local mais amplo e adequado, mesmo que tenha que se desfazer de suas atuais propriedades;

g) O conselho deliberativo será formado por igual número de membros de cada sociedade extinta;

h) Os jogadores inscritos pelos extintos clubes, terão automaticamente seus compromissos mantidos pela nova sociedade;

i) Cada clube juntará ao relatório há ser apresentado nas assembleias gerais, um balancete de sua situação financeira e uma relação de todos atletas inscritos com bases de contratação, etc...;

j) Ao relatório serão juntadas as "listas de resistências" de cada clube;

k) Os paredros mais destacados de ambos os clubes, assumirão o compromisso de continuar prestando seu apoio a nova sociedade;

l) Os demais detalhes serão resolvidos pela direção da nova sociedade.

Adianta ainda a comissão em seu relatório,  que fizera sondagens a possibilidade de compra do "Estádio Santa Rosa", pertencente ao Adams F.C., havendo boas perspectivas de um negócio vantajoso. Teria assim a nova sociedade uma praça de esportes perfeitamente á altura de seu poderio e do adiantamento esportivo desta cidade. Pois é sabido que o campo do Adams F.C. é em seu favor um dos melhores do país.

Em 19 de março de 1953 o clube divulga uma nota via Jornal 5 de Abril, comunicando que estava recuperado de uma pequena da crise interna, gerada pela divulgação da possível fusão com o Floriano. Com opiniões diversas entre dirigentes e associados, o fato que causou mal estar entre principalmente os que eram contrários a esta fusão. Após divulgação de que o Esperança continuaria existindo, foi eleita a nova diretoria, fato que tranquilozou na família verdoenga

Em 04 de Dezembro de 1967 a Imprensa e rádios locais  noticiam uma mobilização para promover a fusão entre Esperança e Floriano com objetivo de reerguer o futebol na cidade, visto que ambos foram lanternas das respectivas divisões que disputaram no regional Gaúcho.

A convite do Jornal NH estiveram reunidos na redação do Jornal Albano Krause, Renato Engel, Rui Noronha, José Carlos Feltes, Walter Brenner, Raul Ludwig, Lacy Brenner, Alex Jung e Werno Kneipp. Durante a reunião Renato Engelse posicionou com a opinião de que seria necessária a vende de bens, como do estádio Santa Rosa para a criação de um estádio Municipal. Criar uma nova agremiação, onde as cores seriam branco e preto, com o distintivo sendo o pé de moleque, representando a indústria calçadista e o comercio d cidade. Entre os nomes sugeridos para a nova agremiação foram citados: Novo Hamburgo Futebol Clube, Sociadade Atlética Valesinos, Atlético Operário, Atlético Hamburguês, entre outros....

Ainda foram entrevistados João Rubem Scherer pertencente a tradicional familia Florianista, bem como, Luiz Renner e Victor Hugo Kunz também se mostraram a favor da fusão para a montagem de um grande clube para representar a cidade de ovo Hamburgo.

Nas primeiras semanas de 1968 ainda sem definição da nova diretoria, um trio de esperancistas se propôs a montar um colegiado para administrar o clube, com a ideia de não disputar a competição profissional este ano para se reestruturar para o ano seguinte, apostando apenas nos juvenis. Com relação a fusão estes futuros dirigentes se manifestaram que por hora não pensariam em fusão.

No inicio de 1972 o jornal NH noticia uma nova tentativa de Fusão, desta vez encabeçada pelo prefeito Alceu Mossman. Dirigentes de ambos clubes ao serem entrevistados demonstraram interesse na negociação.  O presidente do conselho deliberativo Paulo Schüller do Esperança e José Dillenburg, pelo conselho deliberativo do Floriano ficaram responsáveis por elaborar duas minutas com determinações de cada clube para que a nova associação seja formada.

Na oportunidade Marcos Fehse então presidente do Floriano foi entrevistado e afirmou que não existia nada de concreto, mas existe interesse de ambos clubes, onde responde pelo lado verde o presidente Ricardo Gammert. Complementou Marcos Fehse "a ideia da união é muito boa e caso se concretize tem por objetivo elevar o futebol e representar bem nosso município". Na opinãos de jornalistas, a parceria dificilmente se concretizaria, pois a velha guarda de ambos os lados relembrando os velhos tempos de rivalidade dificilmente irão concordar com essa união.


© 2021 Foot-Ball Clube Esperança | Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora